quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Alcoolismo na família
Se voçê conhece alguém que sofre por problemas ligados ao álcool, já se apercebeu, com certeza da gravidade das sua dificuldade.
O alcoolismo não atinge unicamente as pessoas dependentes do álcool, mas tem também repercussões na família, no seu conjunto, nas relações profissionais e privadas, assim como na sociedade em geral.
Há em Portugal cerca de 600.000 dependentes do álcool, e relacionados com estes, haverá cerca de 2.400.000 pessoas que vivem directa ou indirectamente as consequências da doença alcoólica.
Mas há, no entanto, soluções meios e pessoas que poderão ajudar os doentes alcoólicos e as suas famílias a sair dos seus problemas e reencontrar a esperança para todos.
O processo de resolução deste problema é constituído por 3 etapas:
Informação sobre a doença alcoólica;
Conhecimento e compreensão do papel de cada um no seio da família com problemas ligados ao álcool;
Procura de ajuda por si próprio e restantes elementos envolvidos no sistema família
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Como tratar o Alcoolismo
Há, atualmente, muitas formas eficazes de se tratar o alcoolismo. O método mais simples, para casos mais leves, é a realização de consultas periódicas com uma equipe multidisciplinar experiente (incluindo psiquiatra ou psicólogo) com o apoio da família, onde são discutidas as dificuldades de abandonar o vício e encorajados os esforços. Estudos mostram que este é um método eficaz em reduzir o uso do álcool, dependendo diretamente da freqüência das consultas.
domingo, 13 de dezembro de 2009
Luta pelos filhos e contra o alcoolismo
Quando chegou na Creche São Judas Tadeu, Gabriele, de 5 anos, mal conseguia levantar os braços e não tinha forças para brincar porque não se alimentava direito. Segundo a mãe da garota, Aldivânia Silva Oliveira, de 43 anos, que faz bicos como manicure e lavadeira, ela não podia trabalhar, pois não tinha com quem deixar as duas filhas pequenas, e não conseguia dinheiro para comprar comida.
Hoje Gabriele está saudável e engordou um pouco, graças ao atendimento que recebe na creche, onde fica o dia todo. Aldivânia conseguiu o benefício para a filha quando foi até a unidade para a festa de aniversário de uma prima da menina. Um dos diretores da creche sensibilizou-se com a situação da garota e a matriculou na instituição.
Aldivânia também sofre com outro problema que muitas vezes a impede de conseguir trabalho. Ela é dependente do álcool e do cigarro. “No dia que não posso comprar minha ‘pinguinha’ e meu cigarro, fico doida”, revela.
A manicure diz que tem consciência do mal que a bebida causa, inclusive a impedindo de trabalhar, mas confessa que não consegue ficar sem o vício. “Não deixo de comprar comida para minhas filhas, mas dou um jeito de beber e comprar meu cigarro.” Aldivânia alega que não consegue arrumar um emprego fixo porque não sabe ler nem escrever. “Quem quer uma pessoa analfabeta e que nem enxerga como eu?”, indaga.
Além de Gabriele e Tauane, Aldivânia também é mãe de mais dois filhos que não vivem com ela. As três moram em um barracão emprestado por um ex-cunhado dela. As despesas ela paga com o dinheiro que ganha fazendo bicos. “Às vezes aparece alguém querendo fazer a unha ou com uma trouxa de roupas pra eu lavar. E assim eu vou vivendo”, diz. A creche São Judas Tadeu também doa cestas básicas para família. Aldivânia não mora com nenhum dos pais dos seus filhos, mas diz que o de Gabriele às vezes a ajuda com dinheiro.
A manicure afirma que se tornou dependente do álccol por causa da ansiedade em que vive. “Estou sempre preocupada com os meus filhos, de não conseguir ajudá-los. O meu filho mais velho, que o pai levou de mim e não devolveu, me faz muita falta.“ A Creche São Judas Tadeu ajuda crianças carentes e recebe doações.