Após alguns meses ou anos sem beber qualquer coisa, vem a
notícia: o alcoolista em remissão voltou a beber. É uma situação
horrível, na qual o próprio indivíduo se sente uma falha e as pessoas ao
seu redor podem acabar decepcionados ao invés de compreender.
Algumas dicas do que fazer quando isso acontecer são:
- Entenda que recaídas fazem parte do processo de recuperação e não se deve culpar ou julgar o indivíduo que, no fundo, só estava buscando aliviar os sentimentos ruins que vem junto com a abstinência;
- Quando o indivíduo demonstra irritabilidade, passa a faltar nas reuniões dos grupos de apoio, parece estar frustrado e piora seu desempenho no trabalho e/ou escola, pode ser que ele esteja tendo uma recaída. Nesses casos, é importante buscar ajuda o mais rápido possível;
- Incentivar o dependente a criar novos hábitos saudáveis ajuda a mantê-lo ocupado com outras coisas, evitando uma recaída;
- Exercícios físicos são ótimos substitutos para o álcool, visto que liberam neurotransmissores relacionados ao prazer no cérebro, evitando sentimentos como angústia e ansiedade causados pela abstinência;
- Evite situações que lembrem ao vícios: festas, pessoas envolvidas nos vícios, comemorações onde há bebidas, etc.;
- Estimule novas amizades, relacionamentos saudáveis com pessoas que tenham bons hábitos e, principalmente, não bebem;
- Em caso de recaída, estimule o dependente a voltar para a clínica. Deixar como está e fingir que vai ficar tudo bem só piora a situação;
- Auxilie o paciente numa reorganização da própria rotina, com novas atividades como um novo emprego, cursos, terapias, entre outros. Manter a mente ocupada é importante para resistir às tentações;
- Incentive o alcoolista a nunca abandonar o acompanhamento profissional, pois muitos casos de remissão, quando param a terapia ou os grupos de apoio, voltam a beber;
- O apoio da família e dos amigos é indispensável para uma boa recuperação. Jamais repreenda o alcoolista, principalmente após recaídas, e sempre demonstre apoio e carinho.